Uma investigação sobre o crime de ódio foi aberta após o boneco usando um uniforme do time com o número 20, mesmo utilizado pelo atleta, ser pendurado em frente ao campo de treinamento da equipe. Na ocasião, uma faixa com a frase “Madri odeia o Real” foi disposta ao lado do objeto.
O episódio deste fim de semana teve repercussão mundial, com o repúdio de outros jogadores de futebol, pretos e brancos, de várias equipes, além de personalidades de outros segmentos da sociedade. Vini também se manifestou desta vez de forma mais enfática e deixou no ar a possibilidade de deixar o futebol do país europeu.
Na sequência do ataque, o clube espanhol do brasileiro denunciou um “lamentável e repugnante ato de racismo, xenofobia e ódio contra o nosso jogador Vinícius”, declarando esperar “que sejam apuradas todas as responsabilidades de quem participou neste ato tão desprezível”. Foi imediatamente aberto um inquérito.
Vinícius Júnior tem sido alvo de repetidas provocações racistas na Espanha, especialmente após ter começado a festejar os seus gols dançando. Ele denunciou que as provocações se tornaram perseguições contra ele dentro de campo. Em seis cidades diferentes da Espanha, o jogador brasileiro sofreu agressões racistas.
O brasileiro recebeu apoio de dirigentes e atletas de todo o mundo e criticou fortemente o futebol espanhol por não fazer mais para acabar com o racismo. O Valencia baniu um torcedor identificado como tendo insultado Vinícius durante o jogo. O Real Madrid levou o caso ao Ministério Público, considerando-o um crime de ódio. A liga espanhola apresentou nove queixas de casos de racismo contra Vinícius nas últimas duas temporadas.